A cidade de Rio Real vive momentos de tensão após uma sequência de violência que incluiu um confronto fatal entre policiais e suspeitos na quarta-feira (19) e a destruição de um ônibus escolar por incêndio criminoso na quinta-feira (20). As autoridades suspeitam que os atos estão interligados e investigam indícios de retaliação.
Confronto no Bairro RGN
Na noite de quarta-feira (19), uma ação de rotina da Polícia Militar no Bairro RGN terminou em tiroteio após dois homens abrirem fogo contra os agentes. Segundo relatório oficial, os policiais identificaram movimentação suspeita e foram recebidos com disparos ao se aproximarem. Na reação, os envolvidos, identificados como Anderson de Santana, 32, conhecido como “Milhino”, e Marcos Oliveira, 28, apelidado de “Doidão”, foram mortos. Anderson tinha mandado de prisão em aberto por homicídio, enquanto Marcos era natural de Salvador. Nenhum policial se feriu.
Ônibus escolar destruído em possível retaliação
Menos de 24 horas depois, na localidade Brejinho I, indivíduos não identificados incendiaram um ônibus escolar estacionado e vazio. Moradores relataram que o veículo foi coberto por chamas rapidamente, sendo reduzido a destroços. A polícia não descarta que o crime seja uma represália às mortes do confronto anterior. “Há indícios de que grupos locais tenham se mobilizado após o ocorrido”, afirmou uma fonte da investigação, sob anonimato.
Operação reforçada e apelo por informações
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) reforçou o patrulhamento na região e promete rigor nas apurações. Até o momento, não há suspeitos presos pelo incêndio. A população foi convocada a colaborar: “Pedimos que qualquer detalhe, por menor que pareça, seja repassado aos canais oficiais”, declarou o delegado responsável pelo caso.
Comunidade em alerta
Os episódios deixaram moradores apreensivos. “Estamos assustados. Esperamos que a polícia controle isso antes que mais tragédias aconteçam”, disse uma residente do Brejinho I, que preferiu não se identificar. Enquanto as investigações avançam, Rio Real aguarda respostas que possam restabelecer a calma na região.