Deputado Estadual Adolfo Menezes defende que Rio Real seja a “Capital Estadual da Laranja

O deputado Adolfo Menezes (PSD) apresentou um projeto de lei para tornar o município de Rio Real “Capital Estadual da Laranja”. O parlamentar também defende que seja instituído na localidade o “Festival da Laranja”, que será realizado anualmente em setembro com a finalidade de dar visibilidade ao cultivo e a comercialização daquela fruta no município. Em 2024, a safra foi de 290 mil toneladas. De acordo com o legislador, é uma das principais fontes de renda local, pois movimenta cerca de R$ 156,5 milhões anualmente.

 

Para o parlamentar a outorga do título de “Capital Estadual da Laranja” oferecerá oportunidade para produtores e empreendedores de todo o país tomarem conhecimento do vulto do trabalho realizado no município baiano nos últimos anos que o guindaram à condição de maior produtor de laranja do país, respondendo por mais de 40% da produção nacional.

 

 

Ele também destaca que a sua iniciativa é muito mais que a outorga de um título, sendo uma ferramenta de impulsionamento dessa cultura que cria imposto, renda e divisas para o Estado – alicerçada em tecnologia e muito trabalho dos rio-realenses. E acrescentou que “a Bahia é o quarto maior produtor de laranja do Brasil, com uma produção total de 610.084 toneladas em 2023, segundo dados IBGE, tendo área plantada de quase 50 mil hectares”.

 

A outorga do título, explica o deputado Adolfo Menezes, será fator de impulsionamento dessa cultura, e o Governo da Bahia criará políticas e programas de incentivo, de fomento e de expansão do cultivo, da industrialização e do comércio da laranja em Rio Real, como instrumento de desenvolvimento territorial e regional. Já o Festival da Laranja acontecerá de forma simultânea à Exposição Estadual do Cultivo da Laranja, denominada de Agroreal, com a finalidade de valorizar toda cadeia produtiva do cultivo do produto – uma commodity no Estado.

 

Esse festival será reconhecido como manifestação cultural e de interesse social e turístico do município e inserido no calendário de eventos oficiais da Bahia, tendo como objetivos mostrar a importância da produção e do cultivo da laranja para o município e região, afirmar o potencial da produção, divulgar o trabalho dos produtores e celebrar a produção e o consumo de laranja no Brasil. Portanto, frisa o parlamentar do PSD, “fica declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia o Festival da Laranja, sendo criados, pelo governo mecanismos e ações de divulgação em todo território baiano do título outorgado”.

 

 

Na justificativa que anexou ao projeto de lei protocolado junto à Secretaria-Geral da Mesa da ALBA, o deputado Adolfo Menezes acrescentou dados a respeito do ciclo da laranja e da sua comercialização para enfatizar a importância desse cultivo para os quase 37 mil habitantes da cidade de Rio Real. Segundo ele, a cadeia produtiva começa com o preparo do solo, o plantio, os tratos culturais e fitossanitários, estendendo-se até a colheita e transporte até as indústrias e grandes centros varejistas.

 

O plantio começa início da estação chuvosa e seu ciclo de desenvolvimento varia de 10 a 12 meses entre o florescimento e a maturação. Todavia, acrescentou o parlamentar, “um pomar dura aproximadamente entre 20 a 25 anos e a colheita é realizada manualmente ou com a ajuda de equipamentos, cujas laranjas são selecionadas, testadas por amostragem, lavadas, escovadas e esterilizadas antes de serem processadas nas indústrias”. Esclareceu ainda que “as frutas destinadas ao varejo, são lavadas, escovadas e esterilizadas nas beneficiadoras do município, enquanto que o translado das laranjas destinadas às indústrias, são transportadas para as empresas processadoras, que estão instaladas nas cidades vizinhas, e em outros estados

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Assim, conforme dados do comércio local, a laranja produzida em Rio Real, é comercializada em indústrias da região e em outros estados, chegando a ser exportadas para fabricação de sucos e seus derivados. São vendidas no comércio local: “No atacado é distribuída para as Ceasas de outros estados, para as redes de supermercados Extra, Atacadão e GBarbosa”, completou ele. Mas a laranja de Rio Real vai ainda mais longe, integrada com a microrregião sergipana de Boquim, parte da produção é beneficiada (a polpa) em Estância, onde existem indústrias que exportam o produto para a Europa.